Presentes no café da manhã, no lanche e até nas refeições principais, os frios e embutidos fazem parte do cardápio diário de muitos brasileiros. Mas você sabe realmente qual é a diferença entre presunto e apresuntado? E mais importante: será que eles fazem mal à saúde?
A resposta começa pelos detalhes que vão além do sabor. Enquanto o presunto é produzido exclusivamente com a carne do pernil suíno, parte mais nobre do animal, o apresuntado leva uma mistura dessa carne com cortes mais baratos, como a paleta. Isso impacta diretamente no valor nutricional, no preço e até na forma como o corpo reage a cada um.
Presunto: mais leve, nutritivo e com menos calorias
O presunto tradicional é considerado um produto de maior qualidade. Feito com carne pura do pernil, ele oferece cerca de 18% de proteína e apenas 86 kcal por 100 gramas, além de ser pobre em gordura. O sabor suave e a textura macia fazem dele uma opção equilibrada entre nutrição e sabor, embora com um preço um pouco mais elevado.
Ideal para quem busca um alimento mais saudável dentro da categoria dos frios, o presunto também é mais fácil de ser digerido e tem menor teor de aditivos, o que agrada quem tenta manter uma dieta mais natural.
Apresuntado: acessível, mas com mais gordura e calorias
O apresuntado, por outro lado, é a alternativa econômica. Mistura carne do pernil com a paleta e, muitas vezes, apresenta maior teor de gordura. Em 100 gramas, ele oferece cerca de 13% de proteína, 5% de carboidratos e 120 kcal. O sabor tende a ser mais intenso, o que o torna popular em lanches rápidos e receitas caseiras.
Apesar de ser mais acessível, seu consumo frequente deve ser feito com atenção, especialmente por quem busca reduzir o consumo de sódio, gordura e aditivos presentes nos embutidos em geral.
E os outros frios? Veja o impacto nutricional de cada um
Entre os frios mais calóricos está o salame. Com sabor marcante, ele tem cerca de 415 kcal por 100 gramas e alta concentração de gordura, o que o torna menos indicado para quem busca leveza alimentar.
A copa, feita com a sobrepaleta suína, também tem alto teor calórico (324 kcal por 100 g) e combina especiarias como cravo e canela, resultando em sabor complexo e preço elevado. É uma opção mais gourmet, mas deve ser consumida com moderação.
Já a mortadela é um clássico brasileiro, presente em lanches desde gerações passadas. Com até 60% de carne misturada com gordura e miúdos, é um dos embutidos mais baratos e consumidos no país. O sabor é popular, mas o valor nutricional é mais baixo, o que exige moderação.
Frios fazem mal para a saúde? O que a ciência diz
O consumo excessivo de embutidos está associado a riscos como hipertensão, colesterol alto e até aumento de inflamações no organismo. Isso ocorre pelo alto teor de sódio, conservantes e gorduras saturadas.
No entanto, o consumo moderado e consciente, privilegiando os produtos com menor adição de ingredientes artificiais e mais proteína, pode fazer parte de uma alimentação equilibrada. Optar por versões de melhor qualidade, como o presunto tradicional, e variar as fontes de proteína no dia a dia são boas estratégias.
Frios não precisam ser vilões, mas entender o que há por trás de cada fatia faz toda a diferença para a saúde e para o bolso. Escolher bem é o primeiro passo para manter o sabor sem abrir mão do bem-estar.