Quem nunca se pegou ouvindo a mesma música no repeat até decorar cada batida? Essa prática é mais comum do que você imagina e tem explicações bem interessantes na psicologia e na neurociência. Entender por que nosso cérebro adora uma repetição musical pode revelar muito sobre nossas emoções e até sobre como lidamos com o dia a dia. Prepare-se para descobrir os segredos por trás da sua playlist infinita!

Por que repetimos músicas sem parar?

A música tem um poder incrível sobre nosso cérebro. Quando ouvimos algo que nos agrada, a dopamina é liberada, e isso gera uma sensação de prazer e recompensa. Esse ciclo gostoso nos faz querer ouvir a mesma música de novo e de novo, transformando o ato em um hábito que pode parecer curioso para quem vê de fora.

Os benefícios vão além do simples prazer. A música consegue ativar áreas do cérebro, como o hipocampo, trazendo à tona memórias e sentimentos adormecidos. É por isso que algumas canções nos dão uma nostalgia tão forte e nos conectam com momentos específicos da vida.

Mas, para algumas pessoas, a repetição incessante pode ser mais do que só curtir o som. Indivíduos com tendência à ansiedade, por exemplo, usam a música repetida como um mecanismo para lidar com pensamentos ansiosos, funcionando como uma barreira contra ideias intrusivas. Nesses casos, a música atua como uma ferramenta de relaxamento, mas é importante ouvi-la com atenção para que seu potencial calmante seja realmente eficaz.

O que é o fenômeno do “gusano musical”?

Já sentiu uma música “grudar” na sua cabeça e tocar sem parar, mesmo quando você não quer? Esse é o “gusano musical”, também conhecido como Involuntary Musical Imagery (IMNI). Esse fenômeno mostra como temos pouco controle sobre alguns processos da nossa mente.

Se não for “tratado”, essa repetição involuntária pode se tornar bem incômoda. Uma estratégia para desviar o foco é ouvir a música completa e, em seguida, engajar-se em uma atividade que exija sua atenção, como resolver quebra-cabeças ou jogos mentais.

Como as músicas são criadas para “grudar”?

A musicalidade e a composição são cruciais para criar músicas que “grudam” na mente da gente. Melodias simples e letras fáceis de memorizar são características comuns nessas composições, que são intencionalmente feitas para se repetirem em nosso cérebro.

Elementos como instrumentação estratégica, que se alteram ao longo da música, também contribuem para esse efeito “pegajoso”. Essa técnica é muito usada em publicidade e em músicas de videogames, onde o objetivo é capturar a atenção do ouvinte imediatamente.

É possível escapar do ciclo repetitivo das músicas?

Sair do ciclo repetitivo de uma música nem sempre é fácil, mas é totalmente possível! A primeira dica é identificar a música que está se repetindo e ouvi-la sem interrupções. Isso pode ajudar o cérebro a “descansar” daquela repetição.

Depois de ouvir a música por completo, o ideal é se envolver em tarefas que desafiem sua atenção, como resolver charadas, jogos mentais ou até mesmo ler algo interessante. Essa prática ajuda a redirecionar o foco e eliminar o “gusano musical”, além de estimular uma atividade cerebral saudável.

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Jornalista com registro no MT desde 2022, atuando na área desde 2019. Produtor de eventos desde 1998 e desenvolvedor web desde 2007, com foco em WordPress e conteúdo digital. No Estúdio Mídia, cuida da criação, edição e estratégia dos conteúdos.