Queridinho nas casas brasileiras e famoso por aliviar gases, cólicas e trazer aquela sensação de aconchego, o chá de erva-doce sempre foi visto como uma solução natural e segura. Mas um novo alerta acende a luz amarela: o consumo excessivo da bebida pode trazer efeitos preocupantes ao corpo humano.
Apesar de seus benefícios digestivos e calmantes, o chá feito da planta Pimpinella anisum (muitas vezes confundida com o funcho) pode interferir em processos hormonais. Isso é especialmente importante para gestantes e lactantes, já que há risco de estímulo hormonal indevido, afetando tanto a mãe quanto o bebê. O uso nessas fases não é recomendado sem orientação médica.
Além disso, pessoas alérgicas a plantas da família Apiaceae, como aipo e cenoura, devem passar longe da erva-doce, já que ela pode causar reações alérgicas importantes.
Outro ponto crítico: interações medicamentosas. O chá pode interferir com remédios metabolizados pelo fígado e até com anticoagulantes, o que pode prejudicar tratamentos ou potencializar efeitos colaterais.
Ou seja, mesmo sendo natural, o chá de erva-doce não é isento de riscos. Tomar uma xícara aqui e ali, com moderação, não é o problema. Mas usá-lo com frequência, como se fosse inofensivo, pode ser perigoso, especialmente sem saber o que mais você está usando no dia a dia.
Fica o recado: se você tem sintomas persistentes no estômago, se automedicar com chá não resolve. E se estiver tomando outros medicamentos, o ideal é consultar seu médico antes de tornar o consumo diário.
Natural não é sinônimo de seguro. E até a erva-doce, tão suave no sabor, pode virar problema se usada da forma errada.