Perfume vai muito além de fragrância. Ele marca fases, ativa memórias e se torna parte da nossa identidade. Encontrar um aroma que combine com você é mais do que uma escolha estética, é um processo de autoconhecimento.
Conversamos com perfumistas renomados, César Veiga, do Grupo Boticário, e Elizabeth Oliveira e Juliana Bombarda, da Natura para entender como escolher o perfume certo de forma prática, emocional e alinhada com o seu estilo de vida.
Perfume certo é aquele que tem a sua cara
O primeiro passo é entender o que você quer transmitir. Perfumes florais combinam com quem busca leveza e feminilidade. Gourmands são ótimos para quem curte doçura com presença. Já os amadeirados revelam personalidade mais sofisticada e discreta.
Segundo os especialistas, o perfume deve ser uma extensão do seu jeito de ser. Por isso, olhe para dentro antes de seguir tendências ou se encantar só pela embalagem.
Sua rotina também influencia na escolha
Quem passa o dia na rua, por exemplo, pode preferir fragrâncias frescas e versáteis, que resistem bem às mudanças de ambiente. Já para a noite ou momentos mais marcantes, os perfumes mais densos e sensuais são bem-vindos.
Dica extra dos perfumistas: leve em conta o clima da sua cidade. Em regiões quentes, os perfumes leves incomodam menos e duram mais. No frio, as fragrâncias intensas ganham espaço.
Existe perfume coringa? Sim, mas não se limite a ele
Perfumes com notas equilibradas, como cítricos com musk ou florais frutais, funcionam bem em diversas ocasiões e agradam a maioria das pessoas. São ideais para o uso diário, mas não precisam ser sua única escolha.
Ter um “guarda-roupa olfativo”, com fragrâncias diferentes para cada momento ou humor, é uma forma inteligente de se expressar e evitar o desgaste olfativo com o mesmo cheiro sempre.
Testar do jeito certo faz toda a diferença
Evite cheirar muitos perfumes de uma só vez. O ideal é testar no máximo cinco por vez, começando pelas fitas olfativas. Anote o nome de cada um para não se confundir e, se gostar de uma fragrância, aplique na pele e espere. Perfume tem camadas: o cheiro muda com o tempo e o vínculo emocional costuma surgir nas notas de corpo e fundo.
Outra dica dos especialistas: se o nariz saturar, cheirar sua própria pele limpa pode ajudar a “zerar” o olfato antes de continuar a busca.
Perfume também é liberdade e experimentação
Não existe regra rígida. Se ainda não encontrou seu favorito, experimente mais, sem pressa. E não se prenda a um só estilo. Testar combinações, variar de acordo com o humor ou até se permitir usar algo totalmente novo são formas de se redescobrir.
Perfume ideal é aquele que te faz sentir bem, e essa escolha pode (e deve) mudar com o tempo.