Uma novidade incrível chegou para quem trabalha com carteira assinada: agora, qualquer um pode contratar empréstimo consignado com desconto direto no salário. Essa é a proposta do novo Crédito do Trabalhador, criado para ampliar o acesso a crédito com juros mais baixos e condições bem mais vantajosas. A medida já foi aprovada e está valendo, e o mais legal é que ela inclui até motoristas e entregadores de aplicativo em uma categoria específica e cheia de novidades.

O modelo é simples e seguro: o valor das parcelas é descontado automaticamente do seu salário. Isso dá uma garantia maior para os bancos, que, por sua vez, conseguem oferecer juros bem mais baixos do que em outras modalidades de empréstimo pessoal. E a grande virada é que não é mais preciso que a sua empresa tenha convênio com o banco, como acontecia antes. Basta ter a carteira assinada, e pronto!

Você pode usar como garantia até 10% do saldo do seu FGTS ou até 100% da sua multa rescisória se for demitido sem justa causa. Antes dessa mudança, só servidores públicos ou empregados de empresas que tinham convênio com bancos podiam ter acesso ao consignado.

Entre março e junho, mais de R$ 14 bilhões em crédito foram contratados nessa nova modalidade. A maior parte dos contratos foi feita por pessoas que recebem até quatro salários mínimos, de acordo com o Ministério do Trabalho. Pela regra atual, o valor das parcelas não pode ultrapassar 35% do seu salário bruto, que inclui o salário fixo, comissões, abonos e outros benefícios.

Como contratar seu crédito do trabalhador

Para contratar, você tem dois caminhos bem práticos: usar o aplicativo Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital) ou fazer tudo direto pelo site ou aplicativo do banco onde você já tem conta.

No aplicativo CTPS Digital, o processo funciona assim: você autoriza o acesso a dados como seu nome, CPF, tempo de empresa e a margem disponível para consignação. Em até 24 horas, você recebe propostas de crédito dos bancos habilitados. Daí é só comparar as opções, escolher a que for mais vantajosa pra você e finalizar a contratação pelo canal digital do banco escolhido. O controle das parcelas pode ser feito mês a mês dentro do próprio app, deixando tudo na palma da sua mão.

Pelo site ou aplicativo do banco, o processo também é tranquilo. Você acessa o app da instituição financeira, procura pela opção que deve se chamar “Consignado do Trabalhador”, preenche os dados que pedirem e lê com atenção o contrato. Depois disso, é só clicar pra contratar e aguardar a confirmação da liberação do seu crédito. Alguns bancos também permitem que você faça simulações antes de fechar negócio, pra ter certeza da melhor escolha.

O empregador é o responsável por fazer o desconto da parcela na folha e repassar o valor à Caixa Econômica Federal, que, por sua vez, faz o pagamento aos bancos.

Se você já tem um empréstimo consignado ativo, também pode migrar para essa nova modalidade. A mudança passa a valer a partir de sexta-feira, dia 25, e a portabilidade entre bancos será possível a partir do dia 6 de junho.

Consignado para motoristas e entregadores de aplicativo

Para os motoristas e entregadores de aplicativo, a nova proposta traz uma linha de crédito específica, com regras próprias. Nesse caso, esses profissionais poderão pegar empréstimos usando como garantia os repasses que recebem das plataformas. As parcelas do empréstimo serão debitadas diretamente na conta bancária em que o trabalhador recebe o pagamento, funcionando de maneira parecida com o desconto em folha do consignado tradicional.

Mas atenção: esse modelo ainda precisa ser regulamentado pelo governo federal. Apesar disso, o texto da proposta já estabelece que as parcelas não podem ultrapassar 30% dos valores recebidos pelas plataformas. Além disso, só poderá contratar esse crédito quem trabalhar com plataformas que tenham convênio com alguma instituição financeira. Ou seja, sem esse acordo entre plataforma e banco, o crédito não será liberado.

Os contratos também poderão conter cláusulas que garantam o pagamento das parcelas, já que motoristas e entregadores não têm vínculo formal de trabalho. Isso marca uma diferença importante em relação ao Crédito do Trabalhador, que pode ser contratado por qualquer empregado com carteira assinada, sem precisar de convênio entre empregador e banco.

Com todas essas mudanças, o objetivo do programa é ampliar o acesso ao crédito para trabalhadores formais e autônomos com renda recorrente, oferecendo mais segurança e taxas menores do que em outras modalidades do mercado.

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