Você já ligou para alguém mais jovem e não foi atendido? Pois é, a tradicional chamada de voz está em xeque, especialmente entre a Geração Z. Uma pesquisa recente revelou que uma grande parte dos jovens simplesmente ignora as ligações. Quer saber o porquê desse comportamento e o que eles preferem na hora de se comunicar? Prepare-se para entender essa nova realidade!
Chamada de voz x redes sociais: a preferência da Geração Z
A Geração Z, nascida na era digital, está mudando completamente a forma como nos comunicamos. Uma pesquisa do site britânico Uswitch mostrou que um quarto dos jovens entre 18 e 34 anos nunca atende o telefone. Em vez de pegar a chamada, eles preferem responder por mensagem de texto, mandar um áudio ou, se o número for desconhecido, até pesquisar online antes de qualquer contato.
Essa tendência reflete uma mudança maior nos hábitos de comunicação. Quase 70% dos jovens dessa faixa etária dizem que preferem mandar mensagens a fazer ou receber ligações. As mensagens por redes sociais (48%) e os áudios (37%) já superam em muito as chamadas tradicionais.
Essa mudança é bem geracional. Enquanto as pessoas mais velhas ainda valorizam a ligação telefônica, a preferência por redes sociais entre quem tem mais de 55 anos é de apenas 11%. E entre os adultos de 35 a 54 anos, só 1% prefere mensagens de voz em vez de uma chamada. É claro que não são só os jovens que evitam atender: um em cada dez adultos entre 35 e 54 anos também admite ignorar chamadas.
Por que a chamada de voz está sendo “cancelada”?
Existem vários motivos por trás da rejeição à chamada de voz. O principal é que, para a Geração Z, a ligação só é bem-vinda se for combinada com antecedência. Cerca de 68% dos jovens preferem agendar o horário da conversa, e mais da metade (56%) acredita que uma ligação inesperada geralmente indica más notícias.
O receio com golpes e chamadas de spam também pesa muito na decisão de não atender. Para 63% dos britânicos, essa é a razão principal, e a preocupação é ainda maior entre os mais velhos, com 74% das pessoas acima de 55 anos citando o medo de fraudes.
Outro fator importante é o ritmo de vida acelerado. Estar ocupado (24%) e não querer ser interrompido (23%) estão entre os motivos mais citados por quem evita pegar o telefone. Como apontou a especialista em celulares da Uswitch, Simrat Sharma, “parece que a velha ligação telefônica não morreu de vez, desde que você combine um horário para falar com antecedência”. A comunicação está evoluindo, e as preferências mudam com as gerações.