Durante anos, o K-beauty reinou absoluto. Máscaras faciais inovadoras, texturas surpreendentes e a famosa rotina de 10 passos conquistaram o mundo. Mas essa hegemonia está enfraquecendo. O que antes era exclusivo da Coreia do Sul agora está em prateleiras do mundo inteiro, diluindo o impacto de sua proposta.
A globalização acelerou a importação e, com ela, marcas ocidentais passaram a copiar fórmulas e designs, entregando produtos com benefícios semelhantes. O resultado foi uma saturação do segmento, que não trouxe novas revoluções em ingredientes nem experiências nos últimos anos. A consequência? O K-beauty perdeu seu poder de encantamento e está sendo substituído por novas demandas do mercado.
Beleza minimalista ganha força e muda o jogo
Em contraste com as rotinas longas e complexas do K-beauty, o novo movimento de beleza minimalista está conquistando os consumidores. Com menos etapas e foco em produtos multifuncionais, a proposta é clara: praticidade, economia e foco real na saúde da pele.
Esse conceito atrai especialmente um público cansado do consumo excessivo e da necessidade constante de seguir tendências. Marcas mais enxutas e com fórmulas limpas estão em alta, ganhando espaço antes dominado por embalagens sofisticadas e processos complicados.
Sustentabilidade virou exigência e redefine o setor
Hoje, ser sustentável não é mais um diferencial. É obrigação. Consumidores exigem embalagens recicláveis, fórmulas veganas, ingredientes naturais e transparência. A avaliação do impacto ambiental de cada produto se tornou parte do processo de compra.
Essa nova mentalidade pressiona tanto marcas ocidentais quanto asiáticas a mudarem. Inclusive, o K-beauty precisa se reinventar urgentemente se quiser sobreviver. A sustentabilidade agora molda não só produtos, mas toda a cadeia de produção e o posicionamento das marcas.
Por que os cosméticos coreanos perderam fôlego no mercado
O K-beauty cresceu baseado em inovação, resultados rápidos e forte apelo estético. Mas o excesso de oferta, a repetição de fórmulas e a dificuldade em se adaptar a culturas diversas contribuíram para sua queda. O consumidor atual não quer mais ser refém de rotinas longas nem gastar com dezenas de produtos.
A ascensão de práticas minimalistas e o foco em sustentabilidade deixaram muitas marcas coreanas para trás, principalmente as que não acompanharam as mudanças de comportamento do público global.
Vale a pena apostar no K-beauty em 2025?
A resposta é sim, mas com ressalvas. Marcas coreanas que mantiverem os velhos moldes dificilmente terão espaço relevante. Por outro lado, aquelas que adotarem rotinas simplificadas, ingredientes mais limpos e compromissos reais com o meio ambiente ainda podem se destacar.
O consumidor de 2025 busca autenticidade. Se o K-beauty conseguir unir sua tradição com as exigências atuais, ainda pode surpreender. Caso contrário, a beleza minimalista e consciente tende a dominar o mercado nos próximos anos.