O governo federal está prestes a mudar totalmente o processo para tirar a Carteira Nacional de Habilitação. A proposta prevê exames práticos em carros automáticos e elétricos, além do fim da obrigação de frequentar autoescolas para as categorias A (motos) e B (carros de passeio).
O objetivo, segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, é simplificar e reduzir custos. Hoje, tirar a CNH pode custar mais de R$ 3 mil. Com as novas regras, o valor poderia cair para R$ 750 a R$ 1 mil.
Como funcionaria o novo processo
- Prova teórica: poderá ser estudada de forma autônoma, por aulas presenciais, ensino a distância ou material digital da Senatran.
- Prova prática: fim da exigência das 20 horas mínimas de aula. O candidato poderá treinar como preferir, inclusive com instrutores autônomos credenciados.
Esses instrutores passariam por cursos digitais autorizados e seriam registrados oficialmente na Carteira Digital de Trânsito.
Críticas e defesa do projeto
Entidades de autoescolas afirmam que a mudança pode aumentar o número de acidentes. O governo argumenta que as provas continuarão rigorosas e que apenas candidatos preparados conseguirão a aprovação.
Modelo internacional
A proposta segue exemplos de países como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Japão, Paraguai e Uruguai, onde a formação de condutores é mais flexível.
Próximos passos
O texto está na Casa Civil e, se aprovado, será regulamentado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que definirá as regras finais.
Se implementada, essa mudança pode não apenas reduzir drasticamente o custo da CNH, mas também transformar a forma como brasileiros aprendem a dirigir.