Parece coisa de ficção científica, mas é pura geologia: um novo estudo aponta que a vida na Terra e até mesmo as extinções em massa, pode seguir um ciclo regular de 60 milhões de anos, controlado por forças subterrâneas invisíveis aos nossos olhos, mas gigantescas em impacto. E o mais surpreendente: esse “relógio tectônico” estaria por trás de vários eventos marcantes da história do planeta, incluindo o fim dos dinossauros.
Cientistas analisaram registros fósseis e dados geológicos e encontraram padrões que se repetem ao longo das eras. A conclusão? A movimentação das placas tectônicas, aquelas que moldam os continentes e provocam vulcões e terremotos, influencia diretamente a biodiversidade. Quando essas placas entram em atividade intensa, a Terra entra em modo de transformação total.
Como isso funciona?
Esse ciclo geológico mexe com tudo. A tectônica ativa provoca:
- Aumento de atividade vulcânica
- Liberação massiva de CO₂
- Aquecimento global
- Redução de oxigênio nos oceanos (o que mata espécies marinhas em massa)
- Extinções generalizadas, primeiro nos oceanos e depois em terra firme
Ou seja: o planeta aquece, os oceanos perdem oxigênio, a vida entra em colapso… e depois de um tempo, tudo se renova.
Não é só o meteoro
Esse estudo lança uma nova luz sobre eventos que antes eram atribuídos exclusivamente a desastres pontuais, como o famoso meteoro que acabou com os dinossauros. Agora, cientistas sugerem que muitos desses eventos catastróficos ocorreram dentro de ciclos previsíveis, guiados por esse “relógio geológico”.
Impacto global, transformação constante
Essas transformações não são locais. Elas alteram o planeta inteiro, abrindo novos mares, formando cadeias de montanhas, mudando os padrões climáticos e criando novas rotas para migração de espécies. O curioso é que, depois de cada extinção em massa, a própria Terra se encarrega de “reiniciar” a vida, como se estivesse se atualizando.
E o futuro?
Entender esse relógio oculto é fundamental não só para compreender o passado, mas também para prever possíveis colapsos futuros. O planeta já passou por vários ciclos desses e sobreviveu. Mas resta saber: em que ponto desse ciclo estamos agora?
A ciência ainda investiga, mas uma coisa é certa: a vida na Terra nunca esteve totalmente no controle da superfície. O verdadeiro comando sempre veio das profundezas.