Todo mundo conhece aquela pessoa que nunca chega no horário. Pode ser um encontro casual ou uma reunião importante, o atraso é sempre certo. Mas e se isso não for apenas desorganização? Existe um nome para esse comportamento e ele vem da Suécia: tidsoptimista.

O termo, ainda pouco conhecido no Brasil, descreve quem vive acreditando que tem mais tempo do que realmente possui. Essas pessoas costumam subestimar a duração das tarefas e superestimar a quantidade de atividades que conseguem realizar. O resultado? Atrasos constantes.

Entenda o que significa ser um tidsoptimista

Tidsoptimista é uma expressão usada para definir quem sofre de uma ilusão temporal. Esse otimismo exagerado em relação ao tempo pode parecer inofensivo, mas está diretamente ligado a uma distorção da percepção temporal. Em outras palavras, essas pessoas realmente acreditam que conseguem sair de casa em dez minutos, mesmo quando historicamente isso nunca acontece.

Na psicologia, um conceito semelhante recebe o nome de “cegueira do tempo”. Especialistas apontam que esse comportamento é mais comum entre pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Nestes casos, a dificuldade de organização e previsão está diretamente relacionada a um funcionamento neurológico diferente.

Raízes emocionais também podem estar envolvidas

Alguns estudiosos sugerem que traumas vividos na infância também podem influenciar esse tipo de comportamento. Crianças que passaram por situações de dissociação, por exemplo, podem crescer com uma relação desconectada com o tempo. Embora a tidsoptimista não seja considerada uma condição médica formal, ela tem sido usada por profissionais para explicar esse tipo de padrão de comportamento.

Como lidar com a cegueira do tempo e evitar atrasos constantes

A primeira recomendação de especialistas é mapear a rotina. Ter clareza sobre quanto tempo se leva em cada tarefa é essencial para reverter a distorção temporal. Usar recursos visuais, como cronômetros, alarmes e lembretes sonoros, também ajuda a manter a consciência sobre o tempo real.

Outra dica eficaz é compartilhar a agenda com amigos ou familiares de confiança. Eles podem ajudar a lembrar compromissos importantes e avisar com antecedência. Em casos mais severos, buscar ajuda profissional pode ser o melhor caminho. Psicólogos e terapeutas conseguem trabalhar essas percepções distorcidas e ajudar o paciente a construir uma relação mais equilibrada com o tempo.

A importância de reconhecer o padrão

Saber que o atraso constante pode ter causas mais profundas é o primeiro passo para mudar. Seja pela ilusão otimista, pelo TDAH ou por traumas emocionais, entender a origem do comportamento permite buscar soluções mais eficazes. Afinal, respeitar o próprio tempo é também uma forma de respeitar o tempo dos outros.

Compartilhar.