A vitamina D é muito mais do que um simples suplemento. Ela influencia funções vitais do organismo e seu desequilíbrio, seja por falta ou excesso, pode desencadear uma série de problemas que vão de distúrbios ósseos a alterações no sistema imunológico. E em pleno 2025, mesmo com tanta informação disponível, ainda há muita dúvida sobre esse nutriente essencial.

A endocrinologista Thaís Vital, da Unimed Araxá, alerta: manter os níveis adequados de vitamina D é fundamental. A deficiência severa pode causar doenças graves, como raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos. Apesar de pouco comuns atualmente, essas condições mostram o impacto real da carência desse nutriente.

Vitamina D é um hormônio, não apenas uma vitamina

Pouca gente sabe, mas a vitamina D é considerada, na prática, um hormônio. Ela é produzida pelo próprio corpo a partir da exposição ao sol. Quando os raios UVB atingem a pele, eles ativam o processo de síntese da vitamina, que passa pelo fígado e pelos rins até se tornar ativa no organismo.

Essa capacidade de produção natural mostra por que o estilo de vida moderno, com pouca exposição solar e uso constante de protetor, tem contribuído para os baixos índices da vitamina mesmo em países tropicais.

Fontes naturais são limitadas, e a alimentação não supre tudo

A vitamina D está presente em poucos alimentos. Entre os mais ricos estão o óleo de fígado de bacalhau, salmão e atum enlatados, gema de ovo e fígado bovino. Mas a produção endógena ainda é a principal fonte, sendo responsável por até 80% da vitamina D que o corpo precisa.

O papel da vitamina D no corpo vai muito além dos ossos

Ela é essencial para absorver cálcio, fortalecer ossos e dentes, mas também atua no sistema imunológico, regulação de genes, saúde cerebral e até no combate a doenças autoimunes. Receptores de vitamina D estão espalhados por tecidos como o pâncreas, a pele, o cólon, a placenta e o estômago, o que reforça sua importância em diferentes áreas do corpo.

Qual é o nível ideal? Entenda os números

Embora exista divergência entre órgãos médicos sobre os valores ideais, o consenso é que níveis abaixo de 20 ng/mL representam deficiência. A Endocrine Society recomenda níveis acima de 30 ng/mL, enquanto a National Academy of Medicine considera suficiente a partir de 20 ng/mL. Níveis entre 20 e 29 ng/mL indicam insuficiência e merecem atenção.

Excesso também é perigoso e pode intoxicar

Ao contrário do que muitos acreditam, mais vitamina D nem sempre significa mais saúde. Níveis acima de 100 ng/mL são considerados tóxicos. Entre os sintomas da intoxicação estão náuseas, vômitos, fraqueza, desidratação, confusão mental, insuficiência renal e até risco de coma.

O sinal de alerta mais comum é a hipercalcemia excesso de cálcio no sangue causada pelo excesso de vitamina D, especialmente quando a suplementação é feita sem acompanhamento médico.

Atenção ao equilíbrio

A reposição de vitamina D precisa ser feita com responsabilidade. O ideal é realizar exames periódicos e ajustar a dose com orientação médica, sempre considerando fatores como idade, rotina de exposição solar e condições de saúde.

A verdade é simples: tanto a falta quanto o excesso de vitamina D afetam seu corpo silenciosamente. E o segredo para colher todos os benefícios está no equilíbrio.

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Jornalista atuante desde 2019, com registro profissional no Ministério do Trabalho desde 2022, e experiência em produção de eventos desde 2016. No Estúdio Mídia, atua como redatora, editora e web designer, criando conteúdos sobre beleza, saúde, comportamento e bem-estar, sempre com foco em qualidade, leveza e informação útil.