A busca por renda passiva tem crescido entre pequenos e médios investidores que desejam ver o dinheiro trabalhando a favor deles. A meta é simples: investir uma quantia em produtos financeiros que gerem retornos mensais constantes, sem a necessidade de esforço extra. Mas afinal, quanto é preciso aplicar para receber R$ 1.000 por mês?
Simulações práticas com diferentes tipos de investimento mostram valores que variam bastante conforme o risco e o potencial de rendimento de cada aplicação.
Poupança exige maior capital investido
A poupança ainda é considerada por muitos brasileiros o ponto de partida nos investimentos. Com uma rentabilidade média de 0,67% ao mês, seria necessário aplicar cerca de R$ 150.000 para atingir os R$ 1.000 mensais.
A vantagem está na simplicidade e na isenção de imposto de renda, mas o capital exigido é alto e a rentabilidade é baixa em comparação a outras opções disponíveis no mercado.
CDBs e investimentos atrelados ao CDI
Produtos que rendem 100% do CDI se destacam como alternativa de renda fixa com maior atratividade. Com um rendimento aproximado de 1,16% ao mês, o valor necessário para gerar R$ 1.000 líquidos é de R$ 111.000.
Nesse caso, incide imposto de renda de até 22,5% sobre os rendimentos, mas mesmo assim a aplicação exige quase R$ 40.000 a menos em comparação à poupança. Entre os exemplos estão CDBs tradicionais, caixinhas digitais do Nubank, cofrinhos do Itaú e PicPay, todos com proteção do FGC para valores até R$ 250.000 por CPF e instituição.
Rendimento acima do CDI reduz valor necessário
Há opções que pagam mais que 100% do CDI, como os cofrinhos do PicPay que oferecem 102%. Nesse cenário, seriam necessários R$ 109.000 para atingir o objetivo, já considerando o desconto do imposto.
Embora a diferença pareça pequena, cada ponto percentual impacta diretamente o valor final necessário. CDBs que pagam 103% ou 105% do CDI exigem aportes ainda menores, mas é preciso cautela, já que rentabilidades muito acima da média podem esconder riscos maiores.
Fundos imobiliários trazem mais risco, mas pedem menos capital
Outra alternativa é investir em fundos imobiliários (FIIs), que combinam potencial de valorização patrimonial e pagamento de dividendos mensais.
No caso do fundo MXRF11, cada cota custava R$ 9,45, com rendimento médio de R$ 0,10 por mês. Para alcançar R$ 1.000 mensais, seria necessário comprar 10.000 cotas, o que equivale a um investimento de R$ 94.500.
Esse valor é menor que o exigido na poupança e nos CDBs, além da vantagem de que os dividendos são isentos de imposto de renda. Porém, trata-se de renda variável, o que significa que tanto o valor das cotas quanto os dividendos podem oscilar ao longo do tempo.
Vantagens e cuidados na busca por renda passiva
Cada tipo de investimento tem características próprias. Enquanto a poupança oferece simplicidade, os CDBs garantem mais retorno e proteção pelo FGC. Já os fundos imobiliários exigem menor valor inicial, mas expõem o investidor a oscilações de mercado.
Por isso, especialistas destacam a importância de diversificar a carteira, combinando diferentes aplicações para equilibrar segurança e rentabilidade. Além disso, é essencial desconfiar de promessas de ganhos muito acima da média, que podem indicar riscos excessivos ou até fraudes.
Quanto aplicar para ter R$ 1.000 por mês
As simulações mostram que o valor necessário para alcançar R$ 1.000 mensais de renda passiva varia de acordo com a escolha do investimento:
- R$ 150.000 na poupança
- R$ 111.000 em CDBs de 100% do CDI
- R$ 109.000 em produtos acima de 100% do CDI
- R$ 94.500 em fundos imobiliários
O caminho ideal depende do perfil de cada investidor, do nível de risco que está disposto a assumir e da estratégia de longo prazo.
A renda passiva é possível, mas exige planejamento, disciplina e estudo constante. Mais importante que a pressa de obter resultados é garantir que o dinheiro investido esteja protegido e alinhado com os objetivos pessoais.