Muita gente encara o whey protein como um suplemento aliado da saúde, principalmente na busca por ganho de massa muscular. Mas o que poucos sabem é que, segundo a classificação oficial usada por nutricionistas e autoridades em alimentação, o whey também é um alimento ultraprocessado. Sim, ele pertence ao mesmo grupo que bolachas recheadas, salgadinhos e refrigerantes.

Isso não significa que o whey seja tão prejudicial quanto esses outros produtos, mas abre um alerta importante: nem tudo que parece saudável está isento de riscos, especialmente quando consumido em excesso ou usado como substituto frequente de refeições.

Por que o whey protein é considerado um ultraprocessado

Mesmo derivado do soro do leite, um ingrediente natural, o whey passa por um processo industrial intenso. Para chegar ao pó que você encontra nas lojas, ele é filtrado, seco e recebe aditivos como emulsificantes, corantes, flavorizantes e adoçantes. Tudo isso descaracteriza o alimento original, transformando-o em uma fórmula com alto nível de processamento.

De acordo com especialistas, é esse conjunto de etapas e aditivos que faz com que o whey se encaixe na categoria dos ultraprocessados, definida por conter ingredientes extraídos de alimentos ou sintetizados em laboratório, como realçadores de sabor e corantes.

Whey protein não é vilão, mas também não é inofensivo

A grande diferença entre o whey e salgadinhos, por exemplo, está na finalidade de consumo. O whey tem um objetivo nutricional claro: fornecer proteína de alto valor biológico com baixo teor de gordura e açúcar. Já os alimentos como bolachas e refrigerantes são formulados para o prazer e o consumo exagerado, com foco em sabor e não em nutrição.

Mesmo assim, o whey não está isento de riscos. Seu consumo excessivo pode levar à ingestão crônica de aditivos e até causar desequilíbrios nutricionais, especialmente se ele substituir fontes naturais de proteína como ovos, carnes e leguminosas, que oferecem fibras, vitaminas e outros compostos benéficos que o suplemento não entrega.

Além disso, a versão líquida ou em pó do whey costuma oferecer menos saciedade do que refeições sólidas, o que pode levar ao aumento do consumo calórico ao longo do dia.

O que realmente importa na hora de consumir suplementos

Nutricionistas alertam que o grande problema está no padrão alimentar como um todo. Basear a dieta em produtos ultraprocessados, mesmo que pareçam saudáveis, pode prejudicar a saúde a longo prazo. O ideal é manter uma alimentação focada em alimentos in natura ou minimamente processados, usando suplementos como o whey apenas como complemento, não como substituto das refeições.

Em resumo: sim, o whey é um ultraprocessado. Mas, quando usado com equilíbrio e propósito, pode ser um aliado na dieta. O erro está em tratá-lo como solução fácil, ignorando a importância de uma alimentação completa, rica em alimentos naturais.

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Jornalista atuante desde 2019, com registro profissional no Ministério do Trabalho desde 2022, e experiência em produção de eventos desde 2016. No Estúdio Mídia, atua como redatora, editora e web designer, criando conteúdos sobre beleza, saúde, comportamento e bem-estar, sempre com foco em qualidade, leveza e informação útil.