Se você acha que dormir tarde e compensar com umas horinhas a mais de manhã resolve o problema, tá se enganando. Estudos mostram que quem dorme depois das 22h pode estar perdendo o chamado “período de ouro” do sono e isso afeta muito mais do que só o cansaço no dia seguinte.
Entre 21h e 23h, o corpo entra num estado de preparação profunda pra liberar hormônios cruciais, como o hormônio do crescimento, responsável pela regeneração celular, fortalecimento da imunidade e até pelo equilíbrio do humor. Se você atrasa esse momento, perde o timing natural do organismo.
E não para por aí: durante o sono profundo, entre 22h e 2h da manhã, o fígado entra em ação total, fazendo a desintoxicação pesada do organismo. Esse é o momento em que ele filtra toxinas e limpa o corpo de verdade. Dormir tarde sobrecarrega esse processo e atrapalha tudo, inclusive sua disposição, metabolismo e até sua pele.
O sono também regula uma penca de hormônios importantes: melatonina, cortisol, insulina, leptina e grelina. Quando você dorme fora do horário ideal, esse equilíbrio vai pro ralo. Resultado? Mais fome desregulada, ganho de peso, estresse, fadiga e até queda na imunidade.
Quer dormir melhor e colher os benefícios?
- Comece a desacelerar até 21h: nada de celular, luz forte ou TV barulhenta.
- Evite cafeína e comidas pesadas no fim do dia.
- Crie um ritual: chá calmante, leitura leve, meditação ou banho morno.
- Deixe o quarto escuro, silencioso e confortável, o corpo precisa desse ambiente pra disparar a produção de melatonina.
Esse papo não é só pra idosos ou crianças. Adolescentes, mulheres em fases hormonais delicadas e quem já sofre com problemas no fígado ou metabolismo devem prestar ainda mais atenção no horário de sono.
Dormir cedo não é frescura, é inteligência biológica. E talvez o que tá te faltando não seja mais café de manhã, e sim respeitar a hora certa de deitar a cabeça no travesseiro.