Quando a pele começa a perder firmeza, mostrar linhas finas ou parecer mais cansada, muita gente corre para os derivados da vitamina A. Mas com tantas opções, tretinoína, retinol e retinal fica difícil entender qual realmente faz mais efeito, principalmente quando o objetivo é estimular o colágeno de verdade.
Cada um age de forma diferente na pele e tem um nível de potência. Por isso, saber qual escolher pode fazer toda a diferença nos resultados (e evitar irritações desnecessárias).
Tretinoína: a mais potente, mas não é para todo mundo
A tretinoína, também conhecida como ácido retinoico, é a forma ativa da vitamina A. Isso significa que ela já está pronta para agir na pele sem precisar passar por etapas de conversão, como acontece com os outros.
Ela é a mais eficaz na produção de colágeno, usada inclusive em tratamentos médicos contra acne, manchas e envelhecimento cutâneo. Estimula a renovação celular de forma intensa, reduz linhas finas e melhora a textura da pele.
Mas tem um porém: ela também é a que mais causa efeitos colaterais como vermelhidão, descamação e sensibilidade. Por isso, só deve ser usada com recomendação e acompanhamento de um dermatologista.
Retinal: ação rápida com menos irritação
O retinal (ou retinaldeído) é o intermediário entre o retinol e a tretinoína. Ele precisa de apenas uma conversão para virar ácido retinoico na pele, o que o torna mais eficaz que o retinol e menos agressivo que a tretinoína.
Ele estimula a produção de colágeno com menos risco de irritações, sendo uma ótima escolha para quem busca resultados visíveis, mas ainda não pode (ou não quer) usar tretinoína.
É uma opção excelente para peles mais sensíveis ou para quem está começando a usar derivados da vitamina A.
Retinol: o mais leve e ideal para iniciantes
O retinol é o mais conhecido e também o mais suave dos três. Para virar ácido retinoico na pele, ele precisa passar por duas conversões. Isso faz com que os resultados apareçam mais devagar, mas também com menos chances de irritação.
É indicado para quem está começando a cuidar da pele com ativos mais potentes, para peles jovens ou para quem quer prevenir sinais do tempo de forma gradual e segura.
Mesmo sendo mais leve, o uso deve ser cuidadoso, com proteção solar diária e preferência por aplicar à noite.
Afinal, qual produz mais colágeno?
Em ordem de potência para estimular o colágeno:
- Tretinoína – mais eficaz, mas também mais agressiva
- Retinal – excelente equilíbrio entre eficácia e tolerância
- Retinol – mais leve, ideal para iniciantes ou peles sensíveis
A escolha ideal depende do seu tipo de pele, objetivos e tolerância aos ativos. Sempre vale conversar com um dermatologista antes de incluir qualquer um deles na rotina.
Quem deve evitar esses ativos?
Nem todo mundo pode usar derivados da vitamina A. Veja quem deve ter cuidado:
- Gestantes e lactantes: o uso é contraindicado durante a gravidez e amamentação
- Peles muito sensíveis ou com rosácea ativa: podem reagir com vermelhidão e ardência
- Quem já usa outros ácidos ou tratamentos intensivos: pode haver sobrecarga e irritação
- Exposição solar frequente sem proteção: aumenta risco de manchas e sensibilização
Dúvidas frequentes sobre tretinoína, retinol e retinal
1. Posso usar tretinoína todos os dias?
Nem sempre. No início, o ideal é aplicar 2 a 3 vezes por semana e observar como a pele reage. O uso diário só é recomendado com orientação médica.
2. Retinal precisa de receita médica?
Não, ele pode ser comprado sem receita. Mas é sempre bom consultar um profissional antes de começar.
3. Dá para usar vitamina C junto com retinol?
Sim, mas o ideal é usar a vitamina C de manhã e o retinol à noite, para evitar sobrecarga e irritação.
4. Em quanto tempo os efeitos aparecem?
Com o retinol, os resultados começam a surgir em 2 a 3 meses. Já com a tretinoína, as mudanças podem ser vistas em poucas semanas, mas com mais risco de efeitos colaterais.
5. Pode usar no verão?
Sim, desde que use protetor solar todos os dias e evite exposição direta ao sol, especialmente nas horas mais quentes.