Se tirar a CNH sempre foi caro demais pra você, a notícia que está circulando pode mudar tudo: o governo quer acabar com a obrigatoriedade das autoescolas, o que deve derrubar os custos da habilitação no Brasil.
Hoje, conseguir a primeira habilitação custa entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, dependendo do estado. Com a nova proposta do Ministério dos Transportes, esse valor pode cair para algo entre R$ 750 e R$ 1 mil, uma economia de até 80%.
Aprendizado mais flexível e acessível
A ideia é simples: permitir que os futuros motoristas façam a parte teórica online ou em centros de ensino credenciados, e que a parte prática seja feita com instrutores autônomos, devidamente registrados nos Detrans estaduais.
Ou seja, você poderá se preparar de forma mais livre, sem depender exclusivamente de autoescolas, um modelo que já é adotado em países como Estados Unidos e Reino Unido.
Provas continuam obrigatórias
Mesmo com essa flexibilização, nada muda em relação à exigência das provas. O candidato ainda vai precisar passar pelo teste teórico e pela prova prática, como já acontece hoje. A diferença é que o caminho até essas etapas será menos burocrático, mais barato e mais adaptado à realidade de quem trabalha ou estuda.
Mais brasileiros habilitados
Além de cortar gastos, o objetivo da proposta é ampliar o número de motoristas legalmente habilitados no Brasil. Segundo o Ministério dos Transportes, 54% da população ainda não tem CNH, e quase 4 em cada 10 donos de carros dirigem sem habilitação.
Reduzindo o custo, o governo espera formalizar esses motoristas, aumentar a segurança no trânsito e abrir mais portas no mercado de trabalho, especialmente em áreas como transporte por aplicativo, entregas e logística.
Quando a mudança pode acontecer
O projeto ainda está em fase de avaliação pela Casa Civil. Se for aprovado, o próximo passo será a emissão de uma resolução pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que vai detalhar como tudo vai funcionar na prática.
Autoescolas já demonstraram resistência à proposta, mas o governo aposta na modernização do sistema para acompanhar as demandas sociais e tecnológicas do país.
Se tudo correr bem, as novas regras podem entrar em vigor nos próximos meses.