O morango, que sempre foi destaque entre as frutas mais consumidas do inverno, virou protagonista de uma tendência inesperada em julho. Impulsionado por um doce que viralizou nas redes sociais, o “morango do amor”, o preço da fruta saltou mais de 90% em São Paulo em menos de um mês.
De acordo com dados da Ceagesp, no início de julho, a caixa de morangos era vendida a R$ 24,66. Já no dia 28, o valor bateu R$ 46,88, com picos de R$ 47,73. Esse aumento fora da curva foi detectado após o dia 23, quando o doce ganhou força no TikTok e explodiu em buscas nas plataformas de delivery.
O boom do doce nas redes sociais
O “morango do amor”, uma versão moderna do tradicional doce de festa, ganhou fama ao aparecer em vídeos virais no TikTok, onde influenciadores mostram morangos frescos banhados em coberturas de chocolate, granulados e confeitos diversos. O visual chamativo e a praticidade de consumo transformaram o doce em um fenômeno de vendas.
No iFood, a procura disparou. Em junho, foram registrados cerca de 11 mil pedidos. Em julho, o número saltou para mais de 275 mil. Isso representa um crescimento de mais de 2.300% em apenas um mês. Em unidades, foram mais de 524 mil morangos do amor vendidos. Para efeito de comparação, apenas em julho deste ano foram mais pedidos do que em todo o ano de 2024.
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♬ som original – Camila Moreira
Alta demanda afeta diretamente o preço da fruta
Com a explosão nas vendas do doce, a demanda pelo morango in natura aumentou de forma repentina. Isso pressionou o mercado e fez os preços dispararem em centros de distribuição como o ETSP (Entreposto Terminal de São Paulo).
Apesar da alta expressiva, a Ceagesp aponta que o valor já mostra sinais de estabilização e pode iniciar uma queda nos próximos dias, conforme o ritmo das vendas se ajusta e o abastecimento é normalizado.
Tendência sazonal ou novo hábito de consumo?
Embora o “morango do amor” tenha surgido como uma febre sazonal de redes sociais, o volume de vendas sugere que ele pode se consolidar como uma nova opção de sobremesa nos aplicativos de entrega. O apelo visual, o sabor e a praticidade indicam que o doce pode continuar em alta mesmo após o fim do inverno.
Para quem pretende aproveitar o momento, seja para consumo ou para empreender, a dica é ficar atento às oscilações de preço e à oferta da fruta no mercado. E claro, acompanhar as tendências que surgem nas redes, que cada vez mais têm o poder de transformar um ingrediente comum em um verdadeiro estouro comercial.