Em um mercado dominado por gigantes globais, a marca catarinense Baly fez o impensável: ultrapassou a Red Bull em volume de vendas e assumiu a vice-liderança nacional no setor de energéticos, ficando atrás apenas da americana Monster. O feito não veio com campanhas milionárias, nem com esportes radicais. Veio com estratégia, escuta ativa ao consumidor e decisões certeiras.

A marca, que começou vendendo cachaça em 1997, hoje detém 25% do mercado brasileiro de energéticos. E mais do que vencer uma batalha comercial, a Baly mostrou que entender o consumidor nacional vale mais do que qualquer apelo publicitário importado.

Como a Baly conquistou o Brasil sem gritar mais alto que a concorrência

Enquanto Red Bull posicionava seu produto como premium e a Monster mirava o público gamer, a Baly foi direto no alvo que as multinacionais ignoraram: o brasileiro comum. Aquele que compra no mercadinho da esquina, que valoriza o sabor e, principalmente, que quer pagar um preço justo.

A receita de sucesso foi baseada em três pilares:

  1. Preço acessível
    A Baly entregou um energético de qualidade por menos da metade do preço da concorrência, democratizando o consumo em todo o país.
  2. Distribuição inteligente
    Em vez de apostar apenas em grandes centros ou eventos, a marca investiu pesado para estar presente onde o brasileiro realmente compra: supermercados, atacarejos e comércios de bairro.
  3. Variedade de sabores com gosto do Brasil
    Com 28 opções no portfólio, como açaí, maçã verde e melancia, a Baly conquistou o paladar nacional. E ainda lidera o segmento que mais cresce: os energéticos zero açúcar, com 39% de participação.

Os números que mostram por que a Baly não é só mais uma

Segundo dados da NielsenIQ, o crescimento da Baly é sólido e acelerado:

  • Crescimento médio de 50% ao ano
  • 205 milhões de litros produzidos em 2024
  • 90 milhões de litros só nos quatro primeiros meses de 2025
  • 25% de participação no mercado, superando a Red Bull

E o plano não para no Brasil. A marca já começou a exportar para países como Estados Unidos, México e Chile, mostrando que seu modelo é escalável e competitivo fora do território nacional.

As lições que o caso Baly deixa para o mercado

O sucesso da Baly mostra que o jogo não é só de quem tem mais dinheiro, mas de quem entende melhor o campo. O segredo foi ouvir o cliente, adaptar-se às tendências (como o crescimento do zero açúcar) e estar presente nos lugares certos.

Mais do que tirar a Red Bull do segundo lugar, a Baly provou que marcas nacionais, quando bem posicionadas, têm força para bater de frente com gigantes.

Com preço justo, sabor local e uma distribuição eficiente, a Baly não apenas vende mais. Ela se conectou de verdade com o consumidor brasileiro. E isso, no fim das contas, vale mais do que qualquer slogan.

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