Desde abril de 2025, entrou em vigor uma mudança importante no sistema PIX que promete reforçar a segurança de todos os usuários: agora, só é possível cadastrar uma chave PIX se os dados do titular coincidirem exatamente com os registros da Receita Federal.
A decisão do Banco Central veio após um aumento alarmante de fraudes, nas quais criminosos usavam CPFs irregulares, nomes falsos e até dados de pessoas falecidas para receber pagamentos de vítimas enganadas por anúncios falsos de lojas conhecidas.
O que muda com a nova regra para o PIX?
A partir de agora, bancos e instituições financeiras são obrigados a validar rigorosamente os dados antes de permitir o cadastro de uma chave PIX:
- Nome completo deve ser idêntico ao da Receita Federal
- CPF ou CNPJ precisam estar ativos e regulares
- CNPJs inaptos, baixados ou suspensos não podem mais ser usados
- Contas empresariais devem ter CNPJ com status regular
A medida visa reduzir drasticamente o uso de dados fantasmas em transferências. Só em 2024, mais de 8 milhões de CPFs irregulares foram registrados como chaves PIX.
Como se proteger de golpes em compras online com PIX
Mesmo com as novas barreiras de segurança, a atenção do usuário ainda é essencial. Veja algumas atitudes simples que ajudam a evitar prejuízos:
- Sempre confira os dados do destinatário antes de pagar: nome, CPF ou CNPJ precisam estar corretos e compatíveis com quem você realmente está negociando.
- Evite agir por impulso: desconfie de ofertas tentadoras demais e da pressão por transferências imediatas.
- Pesquise o CNPJ da loja e busque avaliações online.
- Use o MED (Mecanismo Especial de Devolução) imediatamente se perceber que caiu em um golpe.
O que vem por aí: MED 2.0 e rastreamento mais eficiente
Em 2026, o MED 2.0 será lançado com capacidade ampliada de rastreamento, permitindo identificar o caminho que o dinheiro percorreu mesmo após várias transferências. Isso deve aumentar as chances de recuperação em casos de golpe.
Mais segurança exige cadastro atualizado
Com a nova exigência de dados exatos, muitos usuários precisarão atualizar seus cadastros nos bancos e na Receita Federal para continuar usando o PIX sem limitações.
Essa atualização rigorosa, embora possa parecer burocrática, é uma resposta direta à escalada das fraudes e mostra que o Banco Central está agindo para proteger a confiança no sistema.
Para quem usa o PIX no dia a dia, o recado é claro: atenção redobrada nas transações e, se necessário, regularização imediata dos dados pessoais. Segurança digital começa com cuidado individual.