A escolha do protetor solar ideal vai muito além do fator de proteção (FPS). Um dos pontos mais importantes é entender a diferença entre protetores físicos e químicos, já que cada tipo age de maneira distinta e pode ser mais adequado para determinadas necessidades e tipos de pele.
No Brasil, onde a radiação solar é intensa durante todo o ano, escolher o protetor correto faz diferença não apenas para evitar queimaduras, mas também para prevenir manchas, envelhecimento precoce e até câncer de pele.
Como funciona o protetor solar físico
O protetor solar físico, também chamado de mineral, age formando uma barreira sobre a pele que reflete e dispersa os raios solares. Seus principais ativos são o óxido de zinco e o dióxido de titânio.
Ele começa a proteger assim que é aplicado e é indicado para todos os tipos de pele, especialmente as sensíveis, pois costuma causar menos irritações. Além disso, é uma boa opção para gestantes, crianças e pessoas com tendência a alergias.
Entre suas vantagens, está a proteção imediata e o fato de ser menos propenso a causar reações adversas. Por outro lado, pode deixar um resíduo esbranquiçado na pele, o que nem sempre agrada esteticamente, principalmente em tons de pele mais escuros.
Como funciona o protetor solar químico
O protetor solar químico contém filtros que absorvem a radiação ultravioleta e a transformam em calor, impedindo que cause danos à pele. Entre os ativos comuns estão o avobenzona e o octocrileno.
Diferente do físico, ele precisa de cerca de 20 a 30 minutos após a aplicação para começar a proteger. Sua principal vantagem é a textura mais leve e invisível, o que o torna mais agradável para uso diário e para reaplicações ao longo do dia.
Entretanto, algumas pessoas com pele sensível podem apresentar irritações ou reações alérgicas a determinados componentes.
Diferenças principais entre os dois tipos
- Ação: o físico reflete a radiação, o químico absorve.
- Tempo de proteção: o físico protege imediatamente, o químico precisa de tempo para agir.
- Textura e aparência: o físico pode deixar resíduo branco, o químico é mais transparente.
- Indicação: o físico é melhor para peles sensíveis, o químico é mais confortável para uso estético.
Como escolher o protetor solar ideal
A escolha entre protetor físico e químico depende principalmente do tipo de pele, do nível de sensibilidade e do estilo de vida.
- Peles sensíveis, com rosácea ou em tratamento estético: físico.
- Uso diário com maquiagem ou preferência por textura leve: químico.
- Atividades ao ar livre por longos períodos: físico ou híbrido, para proteção mais ampla.
O ideal é sempre optar por um protetor com FPS 30 ou superior, de amplo espectro (protege contra raios UVA e UVB) e reaplicar a cada duas ou três horas, especialmente em exposição direta ao sol.
E quanto ao protetor solar híbrido
Uma terceira opção são os protetores híbridos, que combinam filtros físicos e químicos. Eles oferecem proteção imediata e textura mais agradável, sendo uma escolha equilibrada para quem busca praticidade sem abrir mão da eficácia.
Cuidados extras para potencializar a proteção
Além do uso do protetor, é importante adotar outras medidas de proteção solar:
- Evitar exposição nos horários de radiação mais intensa (10h às 16h).
- Usar chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV.
- Reaplicar o produto mesmo em dias nublados ou durante atividades aquáticas.
Resumo da decisão
- Se a prioridade é evitar irritações e ter proteção imediata: escolha o físico.
- Se busca conforto e acabamento invisível: escolha o químico.
- Se quer unir os benefícios dos dois: escolha o híbrido.
Seguindo essas orientações e aplicando o protetor de forma correta e regular, é possível garantir que a pele fique protegida, saudável e bonita durante todo o ano, independentemente do tipo escolhido.