Você faz um alisamento, finaliza com brilho e fios alinhados, sai do salão se sentindo poderosa. Mas, dias depois, começa a coçar a cabeça, sentir queda de cabelo e até dor de cabeça. Esses incômodos não são coincidência. Eles podem ser alertas do seu corpo sobre a presença de substâncias tóxicas nos produtos capilares que você está usando e, pior, muitos deles são proibidos, mas seguem escondidos sob nomes genéricos.
Segundo a terapeuta capilar Tatiana Araújo, criadora do método bioalinhamento, componentes como ácido glioxílico, formol camuflado e glutaraldeído continuam sendo usados em alisamentos e reconstruções capilares, mesmo após alertas da Anvisa. E o corpo reage. Veja os sinais que indicam que seus produtos estão fazendo mais mal do que bem.
1. Coceira e ardência mesmo dias após a aplicação
Se a coceira no couro cabeludo persiste ou há ardência, vermelhidão ou desconforto, é um sinal claro de inflamação causada por ingredientes agressivos. Esses efeitos podem aparecer até dias após a aplicação do produto e indicam que a pele está sofrendo uma reação tóxica.
2. Fios afinados, quebradiços ou queda anormal
Uma das consequências mais graves é a queda repentina dos fios, principalmente nas áreas frontais. Se o cabelo fica elástico, ralo e quebra com facilidade, isso pode ser resultado direto da ação de substâncias químicas nocivas que danificam a estrutura e a raiz.
3. Ardência nos olhos ou dificuldade para respirar durante a aplicação
Sentiu olhos lacrimejando, nariz ardendo ou sensação de sufoco no salão? Provavelmente o produto utilizado libera vapores tóxicos. O cheiro forte e o desconforto durante a aplicação são sinais de que há compostos perigosos sendo ativados pelo calor.
4. Dor de cabeça, enjoo ou tontura logo depois do uso
Esses sintomas podem indicar uma leve intoxicação. Quando inalamos vapores de produtos com química pesada, o sistema nervoso reage com mal-estar físico. Isso é comum em ambientes fechados e mal ventilados e nunca deve ser tratado como algo normal.
5. Lesões ou descamações no couro cabeludo
Se surgirem feridas, bolhas ou descamação, é possível que o couro cabeludo tenha sofrido uma queimadura química. Isso acontece quando a substância entra em contato direto com a pele e ultrapassa a barreira natural de proteção, comprometendo até o crescimento dos fios.
6. Cabelo que para de crescer ou afina visivelmente com o tempo
Quando o bulbo capilar é agredido com frequência, o cabelo entra em um ciclo de fragilidade contínua. Isso significa fios que crescem menos, com mais frizz e textura desigual. É um alerta claro de que há sobrecarga química impedindo a regeneração natural.
7. Produtos sem rótulo claro ou sem número da Anvisa
Muitos salões ainda utilizam produtos com rótulos genéricos, embalagens sem identificação e ausência de número de registro. Se o profissional não mostra o que está usando ou diz que é “profissional”, mas não apresenta a embalagem original, desconfie. A ausência de transparência é uma porta aberta para substâncias proibidas.
Como evitar esse tipo de risco silencioso
A melhor forma de proteger sua saúde e seu cabelo é adotar uma postura preventiva:
- Exija ver o rótulo e o número de registro na Anvisa
- Recuse qualquer produto com cheiro muito forte, que arde ou libera fumaça
- Escolha profissionais que valorizam a saúde capilar acima de resultados imediatos
- Priorize marcas comprometidas com fórmulas seguras e livres de substâncias tóxicas
Beleza de verdade é aquela que não sacrifica sua saúde. Desconfie do resultado instantâneo que vem acompanhado de desconfortos físicos. Muitas vezes, o preço é invisível, mas o dano é real. Se seu corpo dá sinais, ouça.