Um levantamento realizado pela plataforma Fatal Model, voltada para anúncios de acompanhantes, revelou que as classes C e D concentram a maior parte do consumo de vídeos adultos no país. Em junho de 2025, foram registradas 81 mil horas de acesso, com 63,4% da audiência vinda dessas faixas de renda. O dado mostra um cenário de alto engajamento com esse tipo de conteúdo entre a maioria da população brasileira.

Outro dado que chama atenção é o volume de acessos a vídeos curtos: mais de 428 milhões. Esse formato já supera os vídeos longos em popularidade. Segundo a pesquisa, 44,6% dos usuários preferem conteúdos rápidos, similares aos que se vê em redes sociais como TikTok e Reels, enquanto 43,3% ainda preferem vídeos mais longos. A tendência é clara: o consumo está cada vez mais voltado para experiências ágeis e diretas.

Ainda de acordo com o levantamento, mais de 71% dos usuários consomem esse tipo de entretenimento com frequência, e 29% o fazem diariamente. Os principais motivos apontados incluem alívio do estresse (69,8%), busca por prazer ou excitação (55%) e curiosidade por novos fetiches (27,4%).

Nina Sag, diretora de comunicação da plataforma, aponta que o comportamento digital também afeta o setor adulto. “Hoje, conteúdo é vitrine, é ferramenta de marketing. E as pessoas preferem vídeos curtos e objetivos”, afirma. A plataforma tem investido em formatos parecidos com os das redes sociais para atender essa nova demanda, com vídeos produzidos pelas próprias profissionais anunciantes.

O estudo reforça como os hábitos de consumo digital influenciam até os setores mais sensíveis. Com a familiaridade crescente com vídeos curtos e plataformas de uso rápido, até o entretenimento adulto se adapta à lógica da velocidade, da personalização e do acesso fácil.

O comportamento das classes C e D nesse cenário mostra não apenas interesse, mas também protagonismo nas novas formas de consumo digital no Brasil.

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