A China acaba de dar um passo decisivo rumo ao futuro da conectividade. Um teste da operadora China Mobile alcançou a marca impressionante de 280 Gbps de velocidade, superando em 14 vezes a largura de banda teórica do 5G. O feito foi registrado em julho de 2025 e já coloca o país como líder mundial na corrida pela implantação da rede 6G.

Durante a demonstração, um arquivo de 50 GB foi baixado em apenas 1,4 segundo. Isso equivale a baixar um filme em 4K com qualidade Blu-ray a cada dois segundos. Os testes ocorreram em dez centros dedicados exclusivamente ao desenvolvimento do 6G, confirmando a ambição chinesa de dominar a próxima geração da internet móvel.

Velocidade fora do comum e avanço satelital impulsionam o 6G

A estrutura de testes da China contou com suporte de um satélite 6G lançado em 2024, que orbita a 500 km da Terra. Ele ajudou a aumentar ainda mais a taxa de transferência de dados e reduziu significativamente a latência. A meta é criar uma rede com conexões quase instantâneas, ideais para usos que vão desde carros autônomos até cirurgias remotas e ambientes virtuais em tempo real.

A promessa é clara: o 6G não só será incrivelmente rápido, como também muito mais estável, capaz de conectar milhões de dispositivos simultaneamente com baixíssima latência, superando inclusive redes cabeadas em diversos cenários.

6G pode chegar ao público em 2028, antes da previsão oficial

Inicialmente previsto para ser lançado em 2030, o 6G pode chegar ao consumidor já em 2028 nas grandes cidades chinesas, segundo informações do governo local. O investimento ultrapassa R$ 30 bilhões, colocando a China à frente de países como Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão, que também disputam o protagonismo na nova era da conectividade.

No Brasil, a Anatel pretende realizar o leilão das frequências para o 6G em outubro de 2026. A implantação em larga escala, no entanto, está estimada apenas para 2032.

Conectividade extrema vai transformar o mundo digital

Com velocidade centenas de vezes maior que o 4G e dezenas de vezes superior ao 5G, o 6G promete redes mais eficientes em zonas rurais, indústrias e regiões remotas. A capacidade de suportar aplicações de alta demanda em tempo real abre espaço para inovações antes impensáveis.

O teste da China mostra que o futuro da internet já está sendo construído, e quem sair na frente nesse novo padrão terá vantagem global. O desafio agora é adaptar a infraestrutura, aprovar regulamentações e garantir que a nova tecnologia chegue ao maior número de pessoas possível.

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