O hormônio FGF19 ganhou visibilidade no Brasil após estudos recentes confirmarem seu papel no aumento do gasto energético. Produzido naturalmente no intestino delgado, principalmente após a digestão, ele regula o metabolismo e chamou atenção da ciência por estimular a termogênese. Esse processo eleva a produção de calor no corpo e aumenta a queima calórica mesmo em repouso, despertando interesse de quem busca emagrecimento sem uso de medicamentos invasivos.

Pesquisas divulgadas em julho de 2025 pela Fapesp em parceria com centros internacionais reforçaram esse efeito do FGF19. Os resultados mostraram que o hormônio atua no fígado e influencia o metabolismo da glicose, contribuindo para manter os níveis de açúcar no sangue sob controle e afetando diretamente o modo como o corpo armazena e utiliza energia.

Nos estudos clínicos iniciais, pessoas com níveis regulados do FGF19 apresentaram menos gordura visceral, melhor controle glicêmico e maior gasto energético basal. Embora os resultados animem, ainda não há autorização para uso terapêutico em larga escala. Especialistas reforçam que o uso de substâncias que imitam o hormônio precisa ser feito com extrema cautela.

O interesse no FGF19 cresceu em meio a críticas sobre medicamentos injetáveis como Ozempic e Wegovy. Apesar da eficácia comprovada no tratamento da obesidade, esses remédios de alto custo geram preocupações quanto à dependência e aos efeitos colaterais. Por isso, um hormônio natural com ação termogênica passou a ser visto como uma alternativa mais segura e sustentável.

Ao contrário de substâncias que atuam apenas na saciedade ou no esvaziamento gástrico, o FGF19 influencia diretamente como o corpo consome energia. Esse efeito o coloca em uma categoria promissora para quem busca estratégias integradas de emagrecimento, aliando alimentação equilibrada, prática de exercícios e regulação hormonal.

Mesmo sendo natural, o FGF19 exige atenção. Estudos indicam que o uso descontrolado pode afetar o fígado, elevar a pressão arterial e provocar alterações no colesterol. Por isso, qualquer tratamento baseado nesse hormônio precisa seguir normas rígidas e avaliação médica personalizada.

Nos últimos meses, o mercado foi inundado por suplementos que prometem estimular o FGF19 naturalmente. No entanto, médicos e nutricionistas alertam que não há evidência científica que comprove essas promessas. Até o momento, nenhuma substância foi aprovada por órgãos regulatórios para esse fim.

Embora ainda não existam medicamentos amplamente autorizados, alguns hábitos ajudam a manter o FGF19 em níveis saudáveis. Praticar atividades físicas regularmente, especialmente exercícios aeróbicos e de força, colabora para a produção hormonal. Dietas ricas em fibras, proteínas e gorduras boas também contribuem, assim como noites bem dormidas e redução do estresse.

Pesquisadores e empresas de biotecnologia seguem investindo em terapias baseadas no FGF19. Se os próximos testes comprovarem eficácia e segurança, novas opções de tratamento podem chegar ao mercado até 2028. Por enquanto, os estudos continuam em andamento, com foco em segurança e impacto a longo prazo.

Esse novo caminho no combate à obesidade reforça que emagrecer de forma saudável exige mais do que fórmulas prontas. O entendimento do FGF19 ajuda a ampliar a visão sobre as causas do ganho de peso e aponta para soluções mais humanas, personalizadas e baseadas na ciência.

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