Parece inofensivo tomar um energético pra dar aquela acelerada no pique. Mas o que muitos não sabem é que essas bebidas podem causar efeitos perigosos no coração, mesmo em pessoas jovens e saudáveis.
Com doses altíssimas de cafeína, além de taurina, arginina e outros ingredientes pouco transparentes, os energéticos podem afetar diretamente a frequência cardíaca, pressão arterial e até a respiração. E o risco aumenta ainda mais quando são consumidos em excesso ou junto com atividade física intensa.
Como os energéticos afetam seu coração
A cafeína em grandes quantidades estimula o sistema nervoso e pode causar taquicardia, palpitações, arritmias e até paradas cardíacas em casos extremos.
Um caso chocante é o de um homem que tomou 24 latas em três dias e sofreu uma parada cardiorrespiratória. Outro exemplo é de uma adolescente de 14 anos que passou a ter episódios frequentes de taquicardia após consumir suplementos com doses elevadas de cafeína.
A mistura de ingredientes é perigosa
Além da cafeína, os energéticos contêm outras substâncias que complicam ainda mais a situação:
- Taurina: pode aumentar a força de contração do coração e causar efeitos inflamatórios
- Arginina: tem efeito vasodilatador, o que pode elevar a frequência cardíaca
- Outros compostos não listados: estima-se que até 300 ingredientes ativos não são claramente identificados nos rótulos
Essa combinação torna o consumo ainda mais arriscado, especialmente para quem já tem algum problema de saúde ou toma outros medicamentos.
Efeitos colaterais mais comuns
Mesmo em doses menores, o uso frequente de energéticos pode causar:
- Insônia
- Ansiedade
- Dores de cabeça
- Tontura
- Falta de ar
- Picos de pressão e frequência cardíaca
O problema é que esses efeitos nem sempre aparecem na hora, e podem se acumular com o tempo, prejudicando a saúde de forma silenciosa.
Dá pra consumir com segurança?
Especialistas alertam: o consumo deve ser muito moderado. E pra algumas pessoas, como adolescentes, gestantes, hipertensos ou quem já tem qualquer condição cardíaca, o ideal é evitar completamente.
Mais importante que buscar energia rápida é cuidar da alimentação, do sono e da rotina de exercícios físicos. O corpo responde muito melhor quando é tratado com equilíbrio e constância, e não com picos artificiais de estímulo.