Juntar R$ 100 mil em apenas três anos pode parecer um desafio, mas é totalmente viável com disciplina e os investimentos certos. Esse valor é suficiente para dar uma entrada robusta em um imóvel e reduzir consideravelmente o custo do financiamento. A grande dúvida é: quanto guardar por mês para chegar lá?

Simulações mostram quanto investir mensalmente para alcançar o objetivo

Especialistas em planejamento financeiro calculam que, para acumular R$ 100 mil em três anos, o valor mensal a ser investido varia conforme o tipo de aplicação escolhida. Veja os principais cenários com base nas opções de renda fixa mais populares hoje:

  • Tesouro Selic: R$ 2.351,87 por mês
  • CDB Prefixado com rendimento de 14,30% ao ano: R$ 2.334,55 por mês
  • CDB IPCA+ com IPCA + 8,3% ao ano: R$ 2.361,16 por mês

Entre as opções, o CDB Prefixado aparece como o mais vantajoso, garantindo rendimento fixo de 1,12% ao mês. Com isso, é possível atingir o valor desejado aportando cerca de R$ 2.334,55 por mês, segundo cálculo de Marcelo Bolzan, planejador financeiro e sócio da The Hill Capital.

Liquidez e segurança também contam na reta final

Mesmo que o CDB Prefixado seja a melhor escolha em termos de retorno, o ideal é migrar para o Tesouro Selic quando estiver mais próximo do prazo de compra. O motivo é simples: o Tesouro tem liquidez diária, o que dá liberdade para resgatar o dinheiro a qualquer momento sem prejuízo.

Tributação impacta todos os investimentos da mesma forma

Todos os investimentos citados seguem a mesma regra de Imposto de Renda. Após dois anos, a alíquota sobre o lucro cai para 15%. Antes disso, a cobrança é escalonada: 22,5% até 180 dias, 20% até 360 dias e 17,5% até 720 dias. Esse imposto só é descontado no momento do resgate ou no vencimento da aplicação.

Dar uma entrada alta no imóvel vale muito a pena

Acumular R$ 100 mil para a entrada reduz o valor financiado, corta os juros pagos ao banco e diminui o tamanho das parcelas. Além disso, instituições financeiras costumam oferecer taxas menores para quem consegue dar 20% ou mais do valor total do imóvel na entrada, o que torna o crédito imobiliário mais acessível e barato.

Outra vantagem é que, ao financiar menos, você mantém o orçamento equilibrado, sem comprometer uma fatia exagerada da sua renda. Isso também facilita eventuais vendas ou refinanciamentos no futuro, em caso de imprevistos.

Saiba como funciona cada tipo de investimento citado

  • Tesouro Selic: é considerado o investimento mais seguro do país, pois tem garantia do governo. A rentabilidade acompanha a taxa básica de juros e o resgate é rápido, o que torna ideal para objetivos de curto prazo ou reserva de emergência.
  • CDB Prefixado: tem rendimento fixo, o que traz previsibilidade. Mesmo se a Selic cair, o ganho do investidor continua garantido. Porém, é preciso ficar atento ao banco emissor, já que o risco de crédito é privado. Vale buscar instituições com nota AAA, como os grandes bancos do país.
  • CDB IPCA+: protege contra a inflação e garante um rendimento real. Funciona bem para preservar o poder de compra ao longo do tempo, mas, assim como o prefixado, também depende da saúde financeira do banco emissor.

Para juntar R$ 100 mil, o segredo está na consistência

Reservar em torno de R$ 2.350 por mês durante três anos exige planejamento e comprometimento, mas traz uma enorme vantagem na hora de negociar a compra de um imóvel. A combinação entre disciplina e escolha certa de investimento pode transformar esse objetivo em realidade mais rápido do que parece.

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