Embora seja vista por muitos como um problema estético ou desconfortável, a unha encravada pode representar risco à saúde em casos mais avançados. A dermatologista Viviane Scarpa, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), alerta que a inflamação causada pela unha encravada pode se agravar rapidamente, exigindo atenção médica.

Segundo a especialista, sinais como dor intensa, vermelhidão, inchaço e presença de pus são indicativos de que a condição está evoluindo para uma infecção. “Caso não melhore ou piore em torno de três dias, é importante procurar um médico. O quadro infeccioso pode atingir todo o dedo e, em casos mais sérios, chegar à corrente sanguínea”, explicou.

A prevenção ainda é o melhor caminho. Para evitar o encravamento, o recomendado é cortar as unhas de forma reta, evitar sapatos de bico fino e não compartilhar instrumentos de manicure. Esses cuidados simples ajudam a preservar a integridade da pele ao redor das unhas, especialmente dos pés, onde o problema é mais comum.

Se a unha já estiver inflamada, a orientação inicial é lavar a região com água e sabonete antibacteriano, preferencialmente com triclosano. Além disso, mergulhar o pé em água morna com sal por cinco minutos, duas a três vezes ao dia, pode auxiliar na redução da inflamação.

Nos casos mais persistentes ou recorrentes, pode ser necessário realizar um procedimento cirúrgico chamado cantoplastia, em que as laterais da unha são removidas para impedir novo encravamento. Ainda assim, a médica destaca que, na maioria das vezes, o cuidado adequado em casa e a busca precoce por orientação médica são suficientes para controlar o problema.

A atenção aos sinais e a adoção de hábitos corretos na higiene e corte das unhas são fundamentais para evitar complicações que podem ir além do incômodo local.

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