Em meio à enxurrada de promessas mirabolantes e modismos fitness que lotam a internet, entender o que realmente funciona para perder gordura e ganhar saúde virou uma questão de sobrevivência. A boa notícia é que a ciência do exercício já desmentiu muita coisa e o que ela ensina é direto, simples e confiável.

Confira abaixo seis respostas essenciais sobre treino e emagrecimento, baseadas em evidência e livres de achismos:

1. Existe um exercício que elimina gordura localizada? Não.

Nenhum exercício vai queimar gordura de uma parte específica do corpo. Fazer abdominais, por exemplo, não reduz barriga. O que realmente funciona é manter um déficit calórico, ou seja, gastar mais do que se consome.

Atividade física é peça-chave nesse processo: além de acelerar o gasto calórico, melhora o sono, o humor e a sensibilidade à insulina. E atenção: a musculação é crucial para preservar massa magra enquanto você perde gordura. Isso garante que o peso que vai embora seja realmente o que importa.

2. Treinar em jejum acelera o emagrecimento? Também não.

É verdade que, em jejum, o corpo tende a usar mais gordura como energia. Mas isso tem pouco impacto prático. O que define a perda de gordura ao longo do tempo é o balanço calórico do dia inteiro, não o momento em que você treina. Ou seja, cardio em jejum não é nenhum atalho mágico.

3. Dor muscular dois dias depois é normal? Sim, e até bem-vinda.

Aquela dor que aparece entre 24 e 48 horas após o treino, chamada de dor muscular tardia, é parte do processo natural de adaptação. Ela surge da inflamação gerada pelos microdanos nas fibras musculares, e isso é bom: sinaliza que o corpo está se fortalecendo.

4. Dá pra treinar mesmo com dor? Depende.

Se a dor for leve, exercícios leves como caminhada, pedal ou natação ajudam a aliviar. Mas treinar pesado com o músculo dolorido pode ser prejudicial. A dica é alternar os grupos musculares: se a perna está dolorida, foque em braços ou costas.

5. Correr prejudica os joelhos? Mito.

Muita gente ainda acredita nisso, mas a ciência mostra que correr, na verdade, pode ser benéfico para os joelhos. Estudos recentes não encontraram relação entre corrida e osteoartrite. Pelo contrário: correr estimula a produção de colágeno e fortalece a cartilagem. Claro, tudo com progressão inteligente e reforço muscular.

6. Relógio fitness mostra quantas calorias você gastou? Só que não.

Smartwatches são ótimos para monitorar batimentos e passos, mas erram feio no cálculo de calorias. A estimativa costuma ser imprecisa, então nunca baseie seu plano alimentar nos números que o relógio mostra. Use-os apenas como referência geral.

Foco no simples: o que realmente dá resultado

A fórmula continua sendo a mesma: comer de forma equilibrada, se movimentar com frequência e ouvir o próprio corpo. Nada de soluções milagrosas ou seguir modinhas de internet. Quando surgir dúvida, procure conhecimento baseado em ciência, é isso que sustenta resultados reais.

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